O que todas pessoas deveriam saber, em sua sã consciência, antes, durante e depois de adquirirem um animal de estimação:

1º - Bicho não é brinquedo, é vida: Portanto, sente, ama e sofre cansaço, dor, calor, frio, fome, sede. Na legislação animais de estimação são considerados, bens móveis, duráveis, são semoventes (capazes de se moverem). Quando adquiro um animal eu tenho o direito de sua propriedade, porém tenho  também o dever de mantê-lo com dignidade. Ou seja, um animal requer cuidados básicos como, local apropriado que seja abrigado de umidade, frio ou calor intenso, alimentação adequada, exercícios físicos, acompanhamento médico veterinário (vacinações e vermifugações).

2º - Meu direito termina quando começa o direito de meu semelhante: É perfeitamente viável possuir um animal de estimação em um apartamento, porém como vivemos em sociedade devemos seguir regras.
Dispõe o Código Civil , nos artigos 1277 a 1284 , sobre o uso anormal da propriedade ou seja, posso ter meu animal desde que respeite os horários de sossego, não suje as áreas pertinentes do condomínio e nem coloque em risco a segurança alheia.
Respeitando essas normas estou resguardado no artigo 5º da Constituição Federal, no direito de propriedade. Eu tenho o direito de passear com meu cão em vias públicas, e meu vizinho tem o direito de não ter de pisar nos dejetos oriundos de meu cão.

3º - A compra e venda de animais de estimação está resguardada no Código de Defesa do Consumidor, quando adquirimos um animal com pedigree, além do Direito da Genealogia ficamos protegidos quanto a determinados defeitos congênitos que impossibilitem o animal à finalidade para a qual foi adquirido. Por exemplo se adquirimos um cão para a finalidade de exposição e reprodução faltas como prognatismo ou criptorquidismo são cabíveis de reparação. Doenças infecto contagiosas também cabem na garantia. O responsável por fraudes de registro responde nas esferas cíveis e criminais.

4º - Tu és responsável por tudo àquilo que cativas: O único animal que mata por prazer, vingança ou motivo torpe é o homem. Somos responsáveis nas esferas cíveis e criminais por todo dano que causarmos a nosso semelhante.
Um cão empresta os olhos quando é guia e dá sua vida quando é guarda.
Não se compara cães a armas, mas sim a instrumentos, eles podem salvar ou matar como nossas mãos ou um veículo, mas tudo vai depender de quem está por detrás, quem comanda o veículo. Ao adquirirmos um cão devemos ter em mente, muros altos e portões que impeçam evasões, placas advertindo perigo, e sociabilização com pessoas e outros animais para evitarmos eventuais fatalidades. O difícil não é ter, mas manter.

5º - Quanto vale um amigo? Tenha em mente que animais, como pessoas, envelhecem. O encanto de filhote um dia acaba. Se você não tem o intuito de criar e adquiriu uma fêmea, para evitar crias indesejáveis, castre-a, abandonar os filhotes a própria sorte é desumano e cruel, além de ser crime. Cães velhos já foram um dia, encantadores e úteis, lembre-se disso, sacrificar seu cão só porque ele envelheceu é uma sentença digna de um algoz, abandoná-lo é até pior, ele pode sofrer dias até o descanso final. Para você, quanto vale um amigo? Um cão só não é humano, mas é um grande amigo, talvez o único que lhe seja sincero. Pense nisso antes de brincar de juiz ou pior, de Deus.
 Lembre-se você pode deixar de responder às leis dos homens, mas a vida cobra, você semeia e depois colhe, é certo que um dia você há de envelhecer e asilos por mais agradáveis que sejam, não são lares.

6º - Tenha sempre em mente: Só existem duas coisas que o dinheiro é incapaz de comprar: o sorriso espontâneo  de uma criança e o abanar da cauda de um cão. “Você pode até comprar o cão, mas suborná-lo, jamais”.

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